07 março 2009

MASP e Museu da Língua Portuguesa


A manhã foi dedicada a museus. O primeiro foi logo o MASP, para cumprir o prometido ao Miguel. É claro que valeu a visita: não é todos os dias que se passa debaixo de uma laje com 74 metros de vão livre, encostada a quatro pilares laterais. O betão à vista, as linhas rectas e os envidraçados compõem uma obra ainda hoje vanguardista (apesar dos seus quase 62 anos), assinada pela arquitecta Lina Bo.
Na cave, a exposição temporária "1000 minutos de 80 países" recuperou o conceito iniciado nos Festivais do Minuto, aproveitando filmes caseiros e amadores com um minuto de duração, de várias origens, "não para vender sabonete, mas cultura". 28 monitores, espalhados pelas paredes, reproduzem imagens simples, sem orçamento, sem estrelas nem técnicas pretensiosas. A exposição permanente do museu é bem representativa, com algumas obras de Manet, Monet, Renoir, Picasso, Modigliani, Toulouse-Lautrec, Rafael, entre outros que eu menos conheço ou que não memorizei. Já está de volta o Rembrandt roubado há alguns meses, e também lá mora "O atelier do artista" do José Malhoa.
Na Estação da Luz fomos ver o Museu da Língua Portuguesa. Recomendo uma visita sem ser ao fim-de-semana (cheio de gente por ser entrada gratuita) e com bastante tempo, para se verem e ouvirem os filmes todos, se lerem com atenção as cronologias, se experimentarem os jogos de palavras dos PCs. Acho a iniciativa notável e sei que é única no mundo. Mas confesso que esperava um pouco melhor. Quem sabe se tivesse havido maior interacção entre Portugal e Brasil, na composição dos conteúdos, não se encontrassem lá coisas como "em Portugal um pão com manteiga chama-se prego"...

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